O Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve) é uma iniciativa do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) que estabelece limites cada vez mais rígidos para as emissões de poluentes pelos veículos no Brasil.

Em sua fase mais recente, o Proconve L8, em vigor desde janeiro de 2025, trouxe exigências mais severas para os veículos leves, alinhando-se a padrões internacionais de controle ambiental.

Com isso, as montadoras precisaram adaptar motores, investir em novas tecnologias e repensar estratégias para atender às normas. Mas, afinal, o que mudou com o Proconve L8 e como essas transformações estão impactando o mercado automotivo?

O que é o Proconve

O Proconve foi criado em 1986 pelo Conama com o objetivo de reduzir as emissões de poluentes provenientes de veículos no Brasil. Inspirado em normas internacionais, como as regulamentações da União Europeia e dos Estados Unidos, o Proconve estabelece limites progressivamente mais rígidos para a liberação de gases nocivos, como monóxido de carbono (CO), óxidos de nitrogênio (NOx) e material particulado (MP), provenientes da queima de combustíveis.

O programa é dividido em diferentes fases, que variam conforme o tipo de veículo:

  • L (Leves) para automóveis de passeio e comerciais leves.
  • P (Pesados) para caminhões e ônibus.
  • M (Motociclos) para motocicletas e ciclomotores.

Cada nova fase do Proconve impõe exigências mais rigorosas para os fabricantes, incentivando o desenvolvimento de tecnologias como catalisadores mais eficientes, motores com melhor combustão e sistemas de filtragem de partículas. Além de reduzir os impactos ambientais, o programa também contribui para a melhoria da qualidade do ar, ajudando a minimizar problemas de saúde causados pela poluição.

O que mudou com o Proconve L8?

O Proconve L8 trouxe uma série de exigências mais rígidas para veículos leves, obrigando montadoras a adotarem novas tecnologias e reformularem seus motores. As principais mudanças incluem:

Redução das emissões de poluentes

Os limites de emissão ficaram mais restritivos, especialmente para óxidos de nitrogênio (NOx), monóxido de carbono (CO) e material particulado (MP). Isso significa que os motores precisam ser mais eficientes na queima do combustível para liberar menos poluentes na atmosfera.

Monitoramento mais rigoroso (OBD – On-Board Diagnostics)

Os veículos devem passar a contar com um sistema de diagnóstico a bordo (OBD), que monitora continuamente as emissões e detecta falhas nos componentes que controlam a poluição. No Proconve L8, o OBD ficou mais sensível, exigindo que qualquer anomalia seja rapidamente identificada e corrigida.

Novas tecnologias nos motores e escapamentos

Para atender às exigências do L8, as montadoras tiveram que investir em sistemas como:

  • Filtros de partículas (GPF - Gasoline Particulate Filter), que reduzem as emissões de partículas nos motores a gasolina.
  • Catalisadores mais eficientes, que melhoram a conversão dos gases poluentes em substâncias menos nocivas.
  • Aprimoramento da injeção eletrônica, para tornar a queima do combustível mais precisa e reduzir desperdícios.

Alterações no consumo de combustível e no desempenho

Com as novas regulamentações, alguns modelos tiveram ajustes no desempenho e no consumo de combustível. Em alguns casos, os motores passaram a privilegiar a eficiência energética em detrimento da potência bruta.

Impactos no mercado

O Proconve L8 trouxe impactos significativos para o mercado automotivo brasileiro, elevando os custos de produção e, consequentemente, o preço dos veículos. A necessidade de adaptação às novas regras exigiu investimentos em tecnologias mais avançadas, como filtros de partículas, catalisadores mais eficientes e sistemas eletrônicos mais precisos para controle de emissões.

Com isso, alguns modelos foram descontinuados, especialmente aqueles com motores antigos que não atendiam aos novos padrões.

Além das mudanças na produção, a manutenção dos veículos também se tornou mais complexa e, em alguns casos, mais cara, devido à sensibilidade dos novos sensores e à introdução de peças específicas para o controle de poluentes.

No entanto, essas exigências estimularam a modernização da frota brasileira, impulsionando a adoção de motores mais eficientes e contribuindo para a redução do impacto ambiental. Apesar dos desafios iniciais, as novas tecnologias devem resultar em veículos mais econômicos e alinhados com padrões internacionais de emissões, preparando o mercado para futuras regulamentações e para um cenário de maior eletrificação automotiva.

Conclusão

O Proconve L8 trouxe desafios e oportunidades para o setor automotivo. No futuro, essas mudanças devem abrir caminho para uma maior eletrificação dos veículos e para novas regulamentações ambientais ainda mais rígidas.

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