Nos últimos anos, o uso de carros blindados deixou de ser exclusividade de pessoas físicas preocupadas com a segurança pessoal e passou a integrar estratégias de empresas que terceirizam frotas, especialmente em regiões com altos índices de violência.

Para o gestor de frotas, compreender as vantagens e desvantagens desse tipo de veículo é importante para avaliar se a blindagem é a melhor solução em diferentes cenários.

Este texto aborda os principais benefícios, limitações e situações em que a blindagem é recomendada, ajudando a tomar decisões alinhadas às necessidades operacionais e, é claro, ao orçamento da empresa.

Blindagem de veículos: como funciona

A blindagem de veículos é um processo técnico que visa aumentar a proteção do veículo contra ameaças externas, como disparos de armas de fogo e objetos contundentes. O processo de blindagem deve seguir os seguintes passos:

Avaliação inicial

Antes de iniciar a blindagem, o veículo é analisado para determinar os materiais e técnicas adequados ao nível de proteção desejado. A análise considera o modelo do carro, o uso previsto e os potenciais riscos.

Níveis de blindagem

A blindagem é classificada em níveis, conforme os tipos de ameaça. No Brasil, os níveis mais comuns são:

  • NIJ III-A: Resiste a disparos de armas curtas, como pistolas e revólveres.
  • NIJ III: Resiste a disparos de fuzis de alta potência, mas é menos comum devido ao peso e custo.

Materiais utilizados

  • Aço balístico: É usado para reforçar áreas críticas, como colunas, travessas e dobras do chassi. É resistente a perfurações.
  • Vidros blindados: São fabricados com camadas de vidro e polímeros (como policarbonato) que absorvem o impacto de projéteis.
  • Aramida ou Kevlar: Um material leve e flexível, usado nas portas e teto para proteção contra estilhaços e disparos.
  • Policarbonato: Utilizado na parte interna dos vidros para evitar estilhaços.

Processo de blindagem

O veículo é desmontado quase por completo, preservando o design e as funções originais. Partes do veículo, como portas, teto e colunas, recebem painéis de aço ou aramida. Os vidros originais são substituídos por versões blindadas, mais espessas e pesadas. As junções são reforçadas para evitar brechas que possam comprometer a proteção. Sistemas como suspensão e freios são ajustados para compensar o peso adicional da blindagem.

Finalização

Depois de montado, o veículo passa por testes para garantir a eficácia da blindagem. Os acabamentos são feitos para manter a aparência original, sem comprometer a funcionalidade.

Blindagem: quando é recomendada?

A blindagem de veículos no contexto da terceirização de frotas pode ser uma solução estratégica, mas deve ser cuidadosamente avaliada com base em diversos fatores, como o risco de segurança, os custos envolvidos e as necessidades operacionais da empresa.

Ela pode ser indicada nas seguintes situações:

  • Áreas de alto risco: se a empresa opera em regiões com altos índices de violência, como áreas urbanas com frequentes assaltos ou ataques, a blindagem pode ser uma medida essencial para proteger os condutores e os bens transportados.
  • Transporte de executivos ou pessoas de alto risco: se a frota de veículos inclui carros destinados ao transporte de executivos, políticos ou outras pessoas com risco elevado de sequestro ou atentados, a blindagem se torna uma medida de segurança indispensável. 4. Aumento da segurança: em algumas regiões ou cenários, a blindagem pode ser importante para garantir a segurança dos condutores, especialmente quando se enfrentam condições de risco diário.
  • Custos com roubo e danos: se uma empresa enfrenta perdas constantes devido a roubos ou danos aos veículos e cargas, a blindagem pode ajudar a reduzir esses custos a longo prazo, protegendo a frota e evitando prejuízos relacionados a incidentes de segurança.
  • Imagem corporativa: para algumas empresas, principalmente aquelas que operam no setor de segurança, tecnologia ou setores de alto risco, a utilização de carros blindados pode ser um diferencial estratégico, contribuindo para a imagem corporativa.

Custo-benefício

Embora a blindagem represente um custo inicial elevado, as empresas devem avaliar se os benefícios em termos de segurança e redução de riscos justificam esse investimento. Isso é especialmente relevante em cenários onde o valor de um possível roubo ou dano seria significativo, ou onde as implicações de um incidente de segurança seriam muito graves.

Ou seja: a blindagem de veículos em uma frota terceirizada é recomendada quando a segurança se torna uma prioridade, seja para proteger a carga, os condutores ou os executivos da empresa. A decisão deve levar em consideração a análise de riscos da operação, os custos envolvidos e a necessidade de proteção extra.

Blindagem: desvantagens

A blindagem de veículos para a frota de empresas também pode trazer algumas desvantagens. Veja a seguir:

Aumento no peso do veículo

A blindagem torna o veículo consideravelmente mais pesado, o que pode afetar seu desempenho, consumo de combustível e desgaste mecânico. A suspensão, os freios e os pneus podem precisar de ajustes para suportar o peso extra.

Aumento no consumo de combustível

Devido ao aumento do peso do veículo, os carros blindados tendem a consumir mais combustível do que os veículos não blindados. Esse fator deve ser considerado, pois impacta diretamente nos custos operacionais da frota, especialmente em empresas que fazem longos trajetos com frequência.

Limitada capacidade de reversão

Uma vez que um veículo é blindado, é difícil ou impossível reverter o processo sem comprometer a integridade do veículo. Se a empresa decidir vender ou trocar o veículo no futuro, a blindagem pode diminuir o valor de revenda, já que não é sempre que há demanda para veículos blindados usados.

Possível limitação no conforto

A blindagem pode afetar o conforto do veículo, principalmente em relação ao isolamento térmico e acústico. O peso adicional e a estrutura interna podem fazer com que o ambiente dentro do carro se torne mais quente e barulhento, o que pode ser desconfortável para os motoristas em viagens longas.

Custos

Os custos para aquisição ou customização de carros blindados são mais elevados, assim como da manutenção posterior. Isso também vale para o cenário da terceirização de frota - solicitar um carro blindado fará com que a entrega do veículo demore mais do que o normal e eleve o custo do contrato.

Conheça a Let’s EBEC

A Let’s EBEC pode ajudar a identificar a necessidade de veículos blindados e a buscar as melhores soluções nesse sentido para sua frota.

Somos especializados em soluções para a gestão e terceirização de frotas, aluguel de veículos pesados e locação de 4X4, cuidando da aquisição, manutenção, seguro e gestão dos veículos. Uma opção econômica e eficiente para empresas que não desejam se preocupar com gestão de veículos.

A gestão e terceirização de frota envolve o planejamento, organização e supervisão de todos os veículos de uma empresa para que ela se concentre em suas atividades principais.

Oferecemos também serviços diferenciados na locação de veículos 4x4, caminhonetes, SUVs, vans e automóveis customizados para empresas das áreas ambiental, mineração, brigadas de incêndio, agronegócio e construção civil, entre outros.

Integramos o Grupo VIXpar, que tem mais de 50 anos de experiência em soluções de logística e mobilidade. O propósito de “mover o mundo com excelência e respeito às pessoas” é o que norteia nossas ações.

Fale conosco para saber mais!

Terceirização de Frotas

Carro blindado: vantagens, desvantagens e quando é recomendado

O avanço tecnológico no setor automotivo trouxe uma grande variedade de opções de motorização para veículos leves, cada uma com características específicas que atendem a diferentes perfis de consumidores e necessidades.

Motores de diferentes cilindradas, como 1.0, 1.5 ou 2.0, além de alternativas como híbridos e elétricos, oferecem opções para atender a diversos perfis e necessidades. Essa escolha vai além de preferências pessoais, envolvendo eficiência energética, desempenho, custos de manutenção e impacto ambiental.

Neste texto, você conhecerá os tipos mais comuns de motorização, suas diferenças e como cada um pode influenciar as operações de frotas em empresas, em busca de mais eficiência e economia.

Os tipos de motor

Os motores de veículos leves podem ser classificados com base em diferentes critérios, como o tipo de combustível utilizado, a forma de propulsão, a cilindrada e o número de cilindros. Abaixo estão algumas das principais categorias:

Classificação por tipo de combustível

  • Motores a gasolina: São comuns por sua ampla disponibilidade de combustível e desempenho equilibrado.
  • Motores a etanol (ou flex): Flexíveis, permitem o uso de etanol, gasolina ou a mistura de ambos, sendo os mais populares no Brasil.
  • Motores a diesel: Raros em veículos leves no Brasil, mas conhecidos por sua durabilidade e economia em algumas aplicações específicas.
  • Motores elétricos: Utilizam eletricidade como fonte de energia, gerando zero emissões locais.
  • Motores híbridos: Combinam motor a combustão e motor elétrico para maior eficiência.

Classificação por forma de propulsão

  • Motores a combustão interna: Incluem a maioria dos veículos a gasolina, etanol e diesel, utilizando a queima do combustível para gerar energia.
  • Motores elétricos: Usam eletricidade armazenada em baterias para movimentar o veículo.
  • Motores híbridos e híbridos plug-in: Integram ambos os sistemas, com recarga adicional no caso dos plug-in.

Classificação por cilindrada

  • Motores de baixa cilindrada (ex.: 1.0): Com menor volume dos cilindros, são voltados para economia de combustível e uso urbano.
  • Motores de média cilindrada (ex.: 1.6, 1.8): Oferecem bom equilíbrio entre potência e consumo, sendo comuns em veículos familiares.
  • Motores de alta cilindrada (ex.: 2.0 ou mais): Priorizam desempenho, ideais para quem busca potência e velocidade.

Classificação por número de cilindros

  • Motores de 3 cilindros: Mais compactos e eficientes, com menor consumo de combustível.
  • Motores de 4 cilindros: Equilibram desempenho e eficiência, sendo os mais comuns em veículos leves.
  • Motores de 6 ou mais cilindros: Geralmente encontrados em modelos esportivos ou premium, para alto desempenho.

O “mito” dos motores 1.0

Os motores 1.0 são conhecidos por sua eficiência e acessibilidade e passaram por uma notável evolução ao longo das décadas. Inicialmente associados a desempenho modesto, eles eram vistos como motores “fracos”, voltados exclusivamente para veículos compactos e uso urbano.

Hoje em dia, os motores 1.0 são capazes de oferecer um equilíbrio impressionante entre economia de combustível, desempenho e robustez.

Isso foi conquistado primeiro com a injeção eletrônica, nos anos 90, e mais recentemente com a adoção da tecnologia turbo. Motores 1.0 turbo, como os encontrados em modelos populares no Brasil, passaram a entregar potências que superam os 120 cv, comparáveis a motores de cilindrada maior, como 1.6 ou até 2.0 aspirados. Além disso, o torque elevado em baixas rotações melhorou a dirigibilidade, tornando-os mais versáteis para uso urbano e rodoviário.

Nos últimos anos, os motores 1.0 incorporaram ainda sistemas como start-stop, downsizing e tecnologias híbridas leves (mild hybrid), reduzindo ainda mais o consumo de combustível e as emissões de CO2. Isso permitiu que esses motores atendam às rigorosas normas ambientais sem sacrificar desempenho.

Motorização e gestão de frota

A escolha do tipo de motor para uma frota empresarial é uma decisão estratégica que pode impactar diretamente os custos operacionais, a eficiência das operações e até mesmo a imagem da empresa em termos de sustentabilidade.

Um gestor de frota deve considerar fatores como o tipo de serviço prestado, as características das rotas, o consumo de combustível e a manutenção dos veículos. Abaixo estão algumas recomendações sobre como configurar diferentes tipos de motor para otimizar as operações:

Motores a gasolina ou flex

Recomendado para: rotas urbanas ou de curta distância, com uso moderado.

Por que usar? Motores a gasolina ou flex são versáteis e têm manutenção acessível. Veículos com motores 1.0 ou 1.3 podem ser ideais para empresas que operam em áreas urbanas com congestionamento frequente.

Configuração eficiente: veículos com sistemas start-stop e motores de 3 cilindros, que reduzem o consumo de combustível em trânsito pesado.

Motores a diesel

Recomendado para: operações que exigem veículos mais robustos, como transporte de cargas em longas distâncias ou terrenos acidentados.

Por que usar? Motores a diesel oferecem maior torque, durabilidade e economia em percursos longos, além de serem mais adequados para veículos pesados ou SUVs.

Configuração eficiente: optar por motores com injeção eletrônica direta (common rail) e tecnologias de redução de emissões (AdBlue ou filtros de partículas DPF).

Motores híbridos (combustão + elétrico)

Recomendado para: empresas que valorizam a sustentabilidade e operam em áreas urbanas.

Por que usar? Motores híbridos são extremamente econômicos em condições de trânsito intenso e ajudam a reduzir as emissões de CO2.

Configuração eficiente: veículos híbridos leves (mild hybrid) ou full hybrid podem ser usados para equilibrar eficiência e autonomia.

Motores elétricos

Recomendado para: rotas curtas e empresas com infraestrutura de recarga.

Por que usar? Motores elétricos têm custo operacional baixo e contribuem para a sustentabilidade. São ideais para entregas urbanas ou serviços que exigem deslocamentos curtos e frequentes.

Configuração eficiente: escolher modelos com baterias de maior autonomia e compatíveis com carregadores rápidos pode maximizar o tempo de operação.

Motores turboalimentados

Recomendado para: Operações que exigem bom desempenho e economia em veículos leves.

Por que usar? Motores 1.0 ou 1.3 turbo entregam potência suficiente para uso em rodovias, com consumo de combustível inferior ao de motores aspirados de maior cilindrada.

Configuração eficiente: Associar esses motores a sistemas de transmissão automatizada ou CVT para maior eficiência.

Estratégias para eficiência geral

  • Diversificação da frota: Configurar diferentes tipos de motor com base nas necessidades específicas de cada segmento da operação.
  • Monitoramento de consumo: Implementar telemetria para identificar padrões de uso e otimizar o consumo de combustível.
  • Treinamento de motoristas: Ensinar boas práticas de condução, como aceleração progressiva e uso adequado de marchas.

Conheça a Let’s EBEC

A Let’s EBEC é especializada em soluções para a gestão e terceirização de frotas, aluguel de veículos pesados e locação de 4X4, cuidando da aquisição, manutenção, seguro e gestão dos veículos. Uma opção econômica e eficiente para empresas que não desejam se preocupar com gestão de veículos.

A gestão e terceirização de frota envolve o planejamento, organização e supervisão de todos os veículos de uma empresa para que ela se concentre em suas atividades principais.

Oferecemos também serviços diferenciados na locação de veículos 4x4, caminhonetes, SUVs, vans e automóveis customizados para empresas das áreas ambiental, mineração, brigadas de incêndio, agronegócio e construção civil, entre outros.

Integramos o Grupo VIXpar, que tem mais de 50 anos de experiência em soluções de logística e mobilidade. O propósito de “mover o mundo com excelência e respeito às pessoas” é o que norteia nossas ações.

Fale conosco para saber mais!

Terceirização de Frotas

Conheça os tipos de motorização para veículos leves e entenda suas diferenças